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03/11/2010

Rios, Amazonas e Negro

O Encontro das águas

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resultam em um fenômeno popularmente conhecido como “Encontro das Águas”. É uma das principais atrações turisticas da cidade de Manaus. Por uma extensão de mais de 6 km, as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar.
O interessante são as propriedades químicas dessas água:

Rio Solimões: Cor Ocre
Rio Negro: Cor Marron-oliva

Transparência ao disco de Secchi:
Amazonas: 0,1 a 1,0 m
Negro: 1,3 a 2,9 m

Material suspensão:(mg/L)
Amazonas:>100
Negro <1,0

Substância húmicas:(mg/L)
Amazonas:14,1
Negro: 26,6

pH:
Amazonas:6,2 a 7,2
Negro: 3,8 a 4,9

Nutrientes:
Amazonas:Rica
Negro: pobre

Nota-se uma diferença muito grande entre a quantidade de material em suspensão; ou seja as duas águas possuem densidade diferentes. Outra peculariedade é a diferença de temperatura velocidade de suas correntezas: o Rio Negro corre cerca de 2 km/h a uma temperatura de 22°C, enquanto que o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 28°C. O resultado de tudo isso é encontro dois tipos de água, uma “leve” e outra “pesada”, como não há praticamente agitação tem-se o famoso Encontro da Águas. Para muito é o local onde nasce o Rio Amazonas.

Dr.Genilson Pereira Santana

Sobre aspirina.

A história da aspirina

Desde o quinto século d.C. era sabido que mastigar casca de salgueiro aliviava a dor. O composto químico responsável pelo efeito analgésico, só foi isolado em 1860, que é o ácido salicílico. O sabor desse ácido era muito azedo, além de provocar irritação no estômago. Para melhorar as qualidades do analgésico, em 1874 os químicos sintetizaram o salicilato de sódio. Infelizmente, os químicos só conseguiram reduzir o seu gosto amargo. Somente em 1899, que a substância acetilsalicílico passou a ser comercializada como o nome de aspirina pela companhia alemã Bayer. Para tando os químicos da Bayer utilizaram a reação entre o ácido salicílico e o anidro acético para produzir o analgésico.

Sobre o processo de eletrólise do alumínio

A eletrólise do alumínio

Charles Martin Hall, com 23 anos, em 1886 ele dissolveu a alumina em criolita (Na2AlF6) fundida a 1.000 oC Celsius para depois submeter a mistura a uma eletrólise, passando a fabricar alumínio por esse método. Hall fundou a Aluminum Corporation of America, empresa com a qual fez fortuna.

Coincidentemente, no mesmo ano, Paul-Louis-Toussaint Héroult jovem francês também com 23 anos, trabando independenteemente em seu país, chegou às mesmas conclusões que Hall. Por causa disso, o processo para a obtenção do alumínio utilizando a eletrólise é conhecido atualmente com Processo Héroult-Hall.

Genilson Pereira Santana
Bacharel em Química pela Universidade Federal de Viçosa (1990), mestre em Química Analítica pela Universidade Federal de Minas Gerais (1993) e doutor em Físico-Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997).

02/11/2010

Poesia Matemática. - Millôr Fernandes

Poesia matemática

Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar; olhos rombóides, boca trapezóide, corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito.

"Quem és tu?" indagou ele em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde a almas irmãs)
primos entre si. E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas sinoidais nos jardins da quarta dimensão.

Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana e os exegetas do Universo Finito.Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar constituir um lar, mais que um lar, um perpendicular. Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos.
E foram felizes até aquele dia em que tudo vira afinal monotonia.
Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum. Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo, tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração, a mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como aliás em qualquer sociedade

Millôr Fernandes

Antevisão.

Antevisão

Oh! Eu deslizei pelos grilhões sombrios da terra...
E dancei pelos céus com asas prateadas.
Subi aos céus e me juntei...
Às turbulentas e alegres nuvens...
E fiz centenas de coisas que você nunca sonhou.
Girei, planei e balancei no silêncio iluminado pelo Sol.
Flutuando lá, busquei os ventos uivantes...
E levei minha aeronave ávida até ares parados...
Para cima, até o delirante azul em chamas.
Cheguei ao topo exposto ao vento...
A altura de graça fácil...
Onde nem a Cotovia nem a Águia já estiveram...
Enquanto minha mente silenciava...
Eu andava pela intocada santidade do espaço...
Esticava a minha mão...
E tocava a face de DEUS.



Franca, 19 de Outubro de 1944.

_________________________
(1)Poema encontrado num armário de um piloto
que provavelmente morreu na 2ª guerra mundial.
Titulo e Formatação: Ribeiro, Jacy Britto

01/11/2010

Os Sentimentos

Os Sentimentos

Era uma vez uma ilha onde viviam os seguintes sentimentos: A alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.
Um dia avisaram aos moradores que a ilha seria inundada. Apavorado, o Amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem.
Ele falou então:
- Fujam todos! A ilha vai ser inundada! -
Todos correram e pegaram seus barquinhos para irem até o morro mais alto.
Só que o Amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com sua ilha.
Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.
Estava passando a Vaidade, e ele disse:
- Vaidade, me leva com você? –
Ela respondeu:
- Não posso você vai sujar meu barco. –
Logo atrás vinha a Tristeza.
- Tristeza, posso ir com você? –
- Ah! Amor estou tão triste que prefiro ir sozinha. –
Passsou a Alegria, mas estava tão alegre que nem viu o Amor chamar por ela.
Já desesperado e achando que ia ficar só, o Amor começou a chorar.
Então passou um barquinho, onde estava um velhinho, e ele então falou:
- Sobe Amor que eu te levo. –
O Amor ficou radiante de felicidade, que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Ao chegar ao morro mais alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou à Sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui? Esta respondeu:
- O Tempo. –
O Tempo? Mas porque só o tempo me trouxe aqui?
- Porque só o Tempo é capaz de ajudar a entender um grande Amor. –

(Autor desconhecido)