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22/10/2019

Memória vergonhosa -2-




MEMÓRIA VERGONHOSA (2)



O Governo Collor no afã de conseguir dólares para pagar a dívida externa e usá-lo em outros objetivos, foi capaz de tudo, inclusive o de transmitir uma péssima imagem do Brasil, especialmente da Amazônia ao G-7, os sete países mais ricos do mundo. Para esse objetivo criou um Marco Referencial onde relata um processo histórico de ocupação da Amazônia que não exprime a verdade e degrada portugueses e brasileiros.
A se referir aos portugueses, descobridores do Brasil, os trata como escravocratas e meros exploradores das riquezas amazônicas, diminuindo de forma infame a grandeza dos portugueses ao entregarem de graça, sem nenhuma contrapartida, aos brasileiros a região mais rica do mundo, a Amazônia, cobiçada, como sabemos, secularmente, e agora através de um imundo e indecente plano de apropriação através de uma política ambiental com implante de travas ambientais representado por reservas indígenas descomunais de subsolo riquíssimo, reserva legal instrumento de confisco disfarçado em preservação florestal, e outros tipos de reservas florestais.
Evaristo Eduardo de Miranda destaca a importância e valor dos portugueses ao citar a epopeia portuguesa de séculos atrás que levaram de barco de vela, na força dos braços e enfrentando enormes dificuldades, um marco de fronteira até os confins da Amazônia, plantando-o às margem do Rio Negro, num ponto visível e proeminente para quem viesse do norte, descendo o rio. Qualquer espanhol ou estrangeiro, perdido ou não, vindo da bacia do Orinoco, seria advertido de que estava entrando na Bacia Amazônica, em terras portuguesas e, hoje, na Amazônia Brasileira. Os portugueses, diferente de Collor e outros presidentes traidores, defendiam melhor e com mais amor a Amazônia, implantando um símbolo da nacionalidade e da conquista luso-brasileira na Amazônia.
Para aqueles que acham que os índios têm direito a pedaços da Amazônia, Evaristo de Miranda, informa que cerca de 2.500 anos antes da chegada dos portugueses, a maioria das terras da Amazônia e do Brasil ainda não estavam nas mãos dos índios, como os conhecemos. Seus ocupantes eram outros grupos humanos, diversificados e de diferentes culturas. Eles também tiveram ascendentes e antecessores numa cadeia que remonta a mais de uma dezena de milhares de anos. Os brasileiros mal informados ou a serviço de comunistas e estrangeiros precisam compreender que quando os portugueses se apropriaram da Amazônia ela deixou de pertencer aos índios e se tornou portuguesa e por consentimento, brasileira. Portanto, os índios que ainda habitam a Amazônia e outras regiões do Brasil, são brasileiros e ponto final. Se não aceitam a nacionalidade brasileira que se retirem e busquem outro país ou conquistem outras regiões.
A incorporação da Amazônia ao território brasileiro não foi obra do acaso. Os caminhos pelos quais a Coroa Portuguesa conquistou um território situado originalmente no domínio espanhol não foram aleatórios e sim recheados de estratégia política, meandros inesperados, heroicas surpresas, episódios ocultos, aventuras religiosas e guerreiras, e muita persistência. Eles também deixaram marcas na história e no território da Amazônia. Basta citar um exemplo cristalino da vontade geopolítica portuguesa na Amazônia: o nome das cidades amazônicas. (Quando o Amazonas Corria Para o Pacífico, pag. 17, Evaristo Eduardo de Miranda).
A Amazônia, sem nenhuma dúvida, é brasileira e não tem por que ceder espaço aos índios que se venderam aos estrangeiros transformando-se em obstáculos ao desenvolvimento, podendo ser considerados, caso insistam nesse propósito, a serem expulsos ou presos pelo governo, caso o Governo Brasileiro honesto assim entenda. Permitir que os índios impeçam o desenvolvimento da Amazônia é uma atitude covarde e destrói toda a trabalhosa e corajosa conquista portuguesa. Se a constituição admite que os índios obstaculizem o desenvolvimento da Amazônia é dever do Congresso Nacional corrigir essa anomalia em caráter de urgência, sem nenhum oba-oba comportamento que tem caracterizado os nossos deputados e senadores que ainda não entenderam sua verdadeira função e fazem do seu diploma um meio de vida indecente.
Quando o Governo Collor concluiu os Subsídios Técnicos para apresentar na Conferência Das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente E Desenvolvimento - CNUMAD, o que está contido para explicar a ocupação da Amazônia pela produção da borracha, demonstra sua intenção de transmitir uma história inverídica capciosa que facilita a entrega da Amazônia ao G-7. A verdade ocultada é que as elites dominantes a época do início da produção da borracha vegetal, ignorou o poder econômico da borracha preferindo negociar com os ingleses o café, o que permitiu que os ingleses plantassem a seringueira no Sudeste Asiático, favorecimento que culminou com a falência da atividade econômica gumífera amazônica. O golpe inglês dado na elite dominante brasileira centrada no Sul/Sudeste rendeu bilhões e bilhões de ganhos e maior desenvolvimento para os ingleses, toda a Europa, Canadá, Estados Unidos da América e outras nações, enquanto a Amazônia estagnou e está estagnada até os nossos dias e o Brasil como um todo não passou de um crescimento medíocre com o café, hoje submetido ao comando do Governo Mundial com o risco de perder a Amazônia pela imposição de uma política ambiental criadora de obstáculos intransponíveis, em razão desses obstáculos estarem contidos na Constituição de 88 produzida por um bando de políticos medíocres e irresponsáveis.
A traição do Governo Collor foi mais profunda, além de denegrir a imagem do Brasil junto ao G-7, na ânsia de conseguir dólares forneceu informações aos países ricos de como iria dar início a destruição do processo de desenvolvimento da Amazônia iniciado no Governo Castelo Branco, intenção realizada, fato que estabeleceu um caos programático na região com perdas significativas aprofundando ainda mais os problemas, mais especificamente dos estados amazônicos, uma vez que que a Amazônia não é uma selva inóspita, mas uma região composta por seis estados independentes, estados ignorados como se fossem apêndices onerosos.
Na introdução dos subsídios, preparado pelo Governo Collor para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CIMA, sob a responsabilidade do Ministro Francisco Rezek, das Relações Exteriores, o Brasil faz questão de demonstrar que antecipadamente aceitava como verdade tudo o que o G-7 produziu para impor uma política ambiental de dominação, como a escassez de recursos, escassez para expandir a base econômica de sociedades ricas, de problemas de escassez para armazenar os rejeitos da sociedade industrial, cenário e crise, que caracteriza uma questão ecoambiental, ou seja, ecológica (destruição da base de recursos naturais) e ambiental (saturação da capacidade de recuperação do meio natural), e ecopolítica, diretamente relacionada com os sistemas institucionais e de poder para a distribuição e o uso de recursos naturais, cenário típico europeu, americano e de outros países ricos.
Voltamos a afirmar que o cenário acima descrito de problemas ambientais, não é um cenário brasileiro e muito menos da Amazônia, mas um cenário da Europa, de países do G-7 e de outros países industrializados e altamente desenvolvidos que usaram e abusaram de seus recursos naturais, poluíram como bem entenderam seus centros urbanos, seus rios, destruíram suas florestas, e ainda saquearam recursos naturais de suas colônias. Portanto, em razão de não contarem mais com recursos naturais, pois se esgotaram, e não poder mais saquear colônias que se libertaram do jugo estrangeiro, idealizaram uma nova estratégia, não só para garantirem o saque de recursos naturais de outras regiões, como para consolidar a implantação do Governo Mundial sob o comando de grupos econômicos e políticos poderosos, idealizaram uma nova maneira de dominar nações e povos, usando para esse fim o meio ambiente. Por que essa escolha? Vamos compreender primeiro o que se entende por meio ambiente. Meio ambiente é o conjunto de elementos físicos, químicos, biológicos e sociais que podem causar efeitos diretos ou indiretos sobre os seres vivos e as atividades humanas. O meio ambiente é o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural. Assim, o meio ambiente é composto por toda a vegetação, animais, micro-organismos, solo, rochas, atmosfera. Também fazem parte do meio ambiente os recursos naturais, como a água e o ar e os fenômenos físicos do clima, como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo. O meio ambiente é composto por quatro esferas diferentes: atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera. A atmosfera é a camada ar que envolve o planeta, formada por gases como oxigênio, gás carbônico, metano e nitrogênio. A litosfera é a camada mais externa do planeta, formada pelo solo e por uma superfície rochosa, também chamada de crosta terrestre. Já a hidrosfera inclui todas as águas do planeta (rios, mares, lagos, oceanos etc.) e a biosfera é a camada referente à vida e engloba todas as formas de vida que existem na Terra. Como se vê o meio ambiente é essencial para assegurar a vida, uma vida saudável. Sabemos que no mundo atual, com o desenvolvimento de artefatos atômicos entre outras armas de destruição em massa, a dominação através da guerra se tornou difícil e muito oneroso, e que não cabe mais transformar países e regiões em colônias, buscou-se então, outro caminho sem guerra e destruição, - o uso do meio ambiente como arma de domínio. Entretanto, para transformar o meio ambiente em arma de dominação, era preciso primeiro chamar atenção do mundo da sua importância do meio ambiente para a vida dos seres humanos, e ao mesmo tempo, mostrar a todos os povos que a Terra estava doente por responsabilidade de novas tecnologias inventadas que gerou crescimento econômico acelerado provocando em contrapartida problemas ambientais sérios, como aumento de temperatura, poluições generalizadas, desgelo, aumento do nível do mar e outros problemas ambientais, problemas que deveria ser divulgado através de uma gigantesca e intensiva propaganda, o que foi feito com absoluto sucesso em todo o mundo.
Na prática a política ambiental em uso propiciou vantagens excepcionais aos europeus, ao EUA, ao Canadá, ao Japão e a outros países ricos e desenvolvidos, como por exemplo controlar o comércio internacional, impondo as importações uma série de condições de garantias ambientais, menos para os criadores do ambientalismo de resultado. Estava, portanto, implantado o comando do Governo Mundial sob o comando de gigantesco grupo econômico familiar, controladores das grandes corporações, projeto das sociedades secretas.
Necessário ressaltar que a Europa, EUA, e outros países ricos e desenvolvidos foram blindados da obrigação de recuperar o meio ambiente e de outras obrigações, por uma simples razão, todos eles destruíram suas florestas, poluíram seus centros urbanos, seus rios entre outros danos ambientais, e seria impossível voltar no tempo para despoluir e implantar florestas naturais originais e outros cenários naturais, assim como se desenvolverem com outro modelo econômico que não causasse a destruição ambiental. Com certeza o Brasil caiu num golpe de mestre, golpe que os idiotas governantes, políticos e, porque o povo brasileiro aceitou como se fosse um ação honesta para salvar a Terra, como se a Terra não soubesse salvar a si mesma de ataques de umas formiguinhas humanas.
Com seus países blindados, sem nenhuma obrigação de alterar nada do foi consumido e destruído, fácil se tornou impor uma política ambiental de domínio a todos os países emergentes e subdesenvolvidos que possuem grandes territórios e florestas ricos. Por tudo que se mostrou, vale ressaltar a declaração dos produtores de milho nos EUA, o seu grito de vencedores - “Farms Here, Forests There” (Fazendas aqui, Florestas lá), o que é a maior prova de que a política ambiental nada mais é do que uma política econômica de dominação.
Para que os brasileiros não fiquem na história como os grandes bobalhões, há ainda tempo de se perguntarem: Por que submeter a Amazônia aos rigores de uma política ambiental, quando seus recursos naturais estão praticamente intactos, seus rios e centos urbanos não estão poluídos, sua floresta natural está praticamente intacta?
É urgente que os brasileiros admitam que são subdesenvolvidos por conta do saque, do colonialismo, do endocolonialismo, e da traição de elites dominantes corruptas e incompetentes, mas não somos tão burros a ponto de cair no golpe ambientalista e acreditar que o ser humano tem poder e competência para salvar a Terra.


Armando Soares
18/10/2019

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