Poesia de: josé maria Leal paes
O último pedaço de abril escapa da chuva. A manhã acorda ninfeta de penugem oxigenada de verão. O que chega aos poucos traz cor. Eu me abro e enxergo lá dentro como os cegos que se refletem nas mãos.
E, se de maio tenho o abraço, dormem no braço as estações passadas, que não deixam passar a vida nos trilhos do trem.
Eu me despeço de abril aos pedaços, um pouco de mim ficou em março com seu inverno rancoroso.
FIM --
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