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31/01/2011

Poema de um piloto desconhecido.

Antevisão

Oh! Eu deslizei pelos grilhões sombrios da terra...
E dancei pelos céus com asas prateadas.
Subi aos céus e me juntei...
Às turbulentas e alegres nuvens...
E fiz centenas de coisas que você nunca sonhou.
Girei, planei e balancei no silêncio iluminado pelo Sol.
Flutuando lá, busquei os ventos uivantes...
E levei minha aeronave ávida até ares parados...
Para cima, até o delirante azul em chamas.
Cheguei ao topo exposto ao vento...
A altura de graça fácil...
Onde nem a Cotovia nem a Águia já estiveram...
Enquanto minha mente silenciava...
Eu andava pela intocada santidade do espaço...
Esticava a minha mão...
E tocava a face de DEUS.



Franca, 19 de Outubro de 1944.
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(1) Poema encontrado num armário de um piloto que provavelmente morreu na 2ª guerra mundial.

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